segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O relato da Ana Elisa!

Depois da oficina Eu tenho olho pra quê?, durante o Festival Fotógrafos em Ouro Preto, pedi à Fernanda Costa e à Ana Elisa Novais, as oficineiras, que nos enviassem seu relatos sobre o dia e algumas fotos feitas por elas! Segue o relato da Ana Elisa!

É preciso celebrar os encontros do bem, aqueles que fazem toda diferença na vida da gente.

Hoje, quando sentei pra escrever esse texto, fiquei pensando se o tempo dele já não tinha passado, pois o Fotógrafos em Ouro Preto acabou ontem, no domingo. Mas aí encontrei a Fernanda por acaso e quase perdi a hora de dar aula porque a gente não parava de falar sobre o encontro, sobre as oficinas, sobre fotografia, sobre abrir a cabeça, sobre ver além.

Então pensei: esse tempo não vai passar nunca! Sabe por quê? Porque foi um tempo que ficou com a gente. Foi tão bacana, tão divertido, tão rico, tão lindo, que grudou, que nem a luz no negativo da foto, que nem as cores no papel onde estão as fotografias.

Foi tudo muito lindo desde o começo.

Primeiro, preparamos a oficina. Eu e a Fernanda, cada uma no seu canto, e as duas na internet. Selecionamos imagens que nos emocionavam, por sua beleza estética, pela história que contavam, pela questão que contestavam, pela arte que representavam. Essa foi a primeira parte da nossa preparação.  Muito cuidado pra falar de coisas ao mesmo tempo tão simples e tão complexas. Luz e enquadramento. Precisa mais pra começar?

Depois, fomos até Lavras Novas pra conversar sobre a oficina. Uma tarde fria, hostil, branca. Tão plástica, tão bonita, tão cheia de poesia visual! Quanta vontade que me deu de fotografar tudo ali naquele lugar fantástico! Foi divertido demais. Rimos muito, gargalhadas mesmo, das histórias dos alunos e seus professores. Fiquei pensando qual seria o mote pra eles me zoarem quando eu saísse dali... Faz parte, né? Então...

Aí, na quarta passada, no IFMG, recebemos os queridos: Caio, Ricardinho, Luiza, Emanuele, Gabriele, Tamires, Dalvan, Vinicios e Rafael. Montamos uma roda aconchegante com almofadas, colchas coloridas e muitos livros de fotografia. Eles se esparramaram! A conversa rendeu a manhã inteira: falamos de arte, de representação (quem se lembra da maçã do Magritte, que não era maçã?), de luz, de composição, da nossa vontade de dizer alguma coisa com a fotografia. Falamos também de espaços geográficos, e de como eles dizem também sobre quem somos e sobre o que queremos ser. Foi lindo!

Depois, uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça. Ouro Preto em festa parecia até mais linda de fotografar. Uma tarde de vários cliques, fotógrafos dançando pela cidade, buscando melhores ângulos, melhores quadros, melhores histórias, pessoas e seus lugares.

Cada foto que eu via, ainda no visor da câmera, me deixava encantada!

Depois, eu aqui, a sortuda, ainda fiquei com a feliz incumbência de selecionar duas fotos para compor o portfólio dos novos fotógrafos. E não é que eles têm olho pra foto?  CADA COISA LINDA, QUE OLHAR!

No sábado, de novo, nos encontramos. Cada um com seu portfólio, percorrendo a cidade e exibindo seu primeiro trabalho de fotografia para fotógrafos profissionais, velhos de guerra, todos muito empolgados com os novos olhares.

Uma experiência que vou guardar pra sempre. São várias as fotografias que guardo comigo, só minhas, dessas que a gente não imprime, mas que ficam seladas na alma feito luz no filme fotográfico. Demais. Obrigada, gente, valeu mesmo!



















O olhar da Ana Elisa!

3 comentários:

  1. SEU TEXTO FOI MUITO BACANA ANA ELISA,PALAVRAS SINCERAS...... ADOREI

    ResponderExcluir
  2. Elodia e Meninada,
    Estou acompanhando vcs desde o início dessa linda história de muito amor... é delicioso ver vcs crescendo, superando, surpreendendo sempre, parabéns turma! Bjs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Fátima,
      nossa história é mesmo bonita, ainda mais porque estamos rodeados de amigos por perto! Obrigada!...
      Beijos nossos!

      Excluir