Depois
da oficina Eu tenho olho pra quê?,
durante o Festival Fotógrafos em Ouro
Preto, pedi à Fernanda Costa e à Ana Elisa Novais, as oficineiras, que nos
enviassem seu relatos sobre o dia e algumas fotos feitas por elas! Segue o
relato da Ana Elisa!
É preciso celebrar os encontros
do bem, aqueles que fazem toda diferença na vida da gente.
Hoje, quando sentei pra escrever
esse texto, fiquei pensando se o tempo dele já não tinha passado, pois o Fotógrafos em Ouro Preto acabou ontem,
no domingo. Mas aí encontrei a Fernanda por acaso e quase perdi a hora de dar
aula porque a gente não parava de falar sobre o encontro, sobre as oficinas,
sobre fotografia, sobre abrir a cabeça, sobre ver além.
Então pensei: esse tempo não vai
passar nunca! Sabe por quê? Porque foi um tempo que ficou com a gente. Foi tão
bacana, tão divertido, tão rico, tão lindo, que grudou, que nem a luz no
negativo da foto, que nem as cores no papel onde estão as fotografias.
Foi tudo muito lindo desde o
começo.
Primeiro, preparamos a oficina.
Eu e a Fernanda, cada uma no seu canto, e as duas na internet. Selecionamos
imagens que nos emocionavam, por sua beleza estética, pela história que
contavam, pela questão que contestavam, pela arte que representavam. Essa foi a
primeira parte da nossa preparação. Muito
cuidado pra falar de coisas ao mesmo tempo tão simples e tão complexas. Luz e
enquadramento. Precisa mais pra começar?
Depois, fomos até Lavras Novas
pra conversar sobre a oficina. Uma tarde fria, hostil, branca. Tão plástica, tão
bonita, tão cheia de poesia visual! Quanta vontade que me deu de fotografar
tudo ali naquele lugar fantástico! Foi divertido demais. Rimos muito,
gargalhadas mesmo, das histórias dos alunos e seus professores. Fiquei pensando
qual seria o mote pra eles me zoarem quando eu saísse dali... Faz parte, né?
Então...
Aí, na quarta passada, no IFMG,
recebemos os queridos: Caio, Ricardinho, Luiza, Emanuele, Gabriele, Tamires,
Dalvan, Vinicios e Rafael. Montamos uma roda aconchegante com almofadas,
colchas coloridas e muitos livros de fotografia. Eles se esparramaram! A
conversa rendeu a manhã inteira: falamos de arte, de representação (quem se
lembra da maçã do Magritte, que não era maçã?), de luz, de composição, da nossa
vontade de dizer alguma coisa com a fotografia. Falamos também de espaços
geográficos, e de como eles dizem também sobre quem somos e sobre o que
queremos ser. Foi lindo!
Depois, uma câmera na mão e
muitas ideias na cabeça. Ouro Preto em festa parecia até mais linda de
fotografar. Uma tarde de vários cliques, fotógrafos dançando pela cidade,
buscando melhores ângulos, melhores quadros, melhores histórias, pessoas e seus
lugares.
Cada foto que eu via, ainda no
visor da câmera, me deixava encantada!
Depois, eu aqui, a sortuda, ainda
fiquei com a feliz incumbência de selecionar duas fotos para compor o portfólio
dos novos fotógrafos. E não é que eles têm olho pra foto? CADA COISA LINDA, QUE OLHAR!
No sábado, de novo, nos
encontramos. Cada um com seu portfólio, percorrendo a cidade e exibindo seu
primeiro trabalho de fotografia para fotógrafos profissionais, velhos de
guerra, todos muito empolgados com os novos olhares.
Uma experiência que vou guardar
pra sempre. São várias as fotografias que guardo comigo, só minhas, dessas que
a gente não imprime, mas que ficam seladas na alma feito luz no filme
fotográfico. Demais. Obrigada, gente, valeu mesmo!
O olhar da Ana Elisa! |
SEU TEXTO FOI MUITO BACANA ANA ELISA,PALAVRAS SINCERAS...... ADOREI
ResponderExcluirElodia e Meninada,
ResponderExcluirEstou acompanhando vcs desde o início dessa linda história de muito amor... é delicioso ver vcs crescendo, superando, surpreendendo sempre, parabéns turma! Bjs!
Oi Fátima,
Excluirnossa história é mesmo bonita, ainda mais porque estamos rodeados de amigos por perto! Obrigada!...
Beijos nossos!